A vida está no olho,
se compõe de cheiro, gosto,
pode ser escrita com o corpo reto
ou num caminhar torto.
Sabe quem bebe
não só o que é doce,
mas o que é amargo ao paladar
e ainda o agridoce.
Pois toda vida é arte.
Blog pessoal de André Camargos, publicitário por profissão e escritor por hobby. Textos diversos como poemas. crônicas, críticas de livros e sugestões de leitura.
Saturday, July 22, 2006
Sunday, July 02, 2006
In memorian
Pra sempre
Carlos Drummond de Andrade
"Por que Deus permite que
as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."
Ontem perdi a minha mãe. Uma dessas coisas terríveis, sem lógica e sem explicação. Dá pra entender porque tanta gente acredita em Deus e cria religiões. A morte, coisa terrível. Coisa inacreditável.
Carlos Drummond de Andrade
"Por que Deus permite que
as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."
Ontem perdi a minha mãe. Uma dessas coisas terríveis, sem lógica e sem explicação. Dá pra entender porque tanta gente acredita em Deus e cria religiões. A morte, coisa terrível. Coisa inacreditável.
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