Para eles sou metade
mendigo existencial
alvo de olhos rendidos.
Eles olham para baixo, não encaram
e quase posso ouvir seu pensamento.
Para eles sou surpresa
pelo meu respirar
pelo fato de viver
e seguir em frente.
Para eles sou menos
santo assexuado
ou possuído, amaldiçoado.
Para eles, em seu kardecismo preconceituoso
nasci pior, pagando meu karma/crime.
Antes eu os queria mortos
decepados, destruídos.
Hoje eu não os vejo
não sonho com seus olhares
nem mais me escondo.
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