Friday, October 08, 2004

Primavera

Um grito que não veio do escuro. Foda-se o escuro, isso é coisa de criança. Tudo bem, sou um tanto criança ainda, mas uma criança que sabe dizer: vai tomar no seu cu, desgraçado! Vá a merda com esse terninho de bosta que todo dia você coloca, foda-se o seu pentinho amarelinho que você passa cuspe pra ver se teu topete fica parado no mesmo lugar. Seu bosta de araque, com suas roupchas espertas de playboy e seus dizeres de merda. Quer legitimar o lucro, seu escravo dos infernos? Faça como queiras que eu estou pouco me fudendo. Que coisa poética né não? Vai pra sua fazenda, seu animal! E eu tou pouco me lixando pro cara que, contrário de você, levanta todo dia, toma a porra da cachaça no bar e vai bêbado da construção. Por mim, pode se jogar do topo! EU não acredito mais em você, seu Zé ninguém! Tão escravo, tão orgulhoso e tão desgraçado quando o engomadinho. Ninguém vai lutar por você. E os que acreditaram em você tão pouco se lixando! Se a tal revolução viesse, você seria transformado em alguma coisa útil pro mundo. Sim, você abandonaria seu mundo animal e seria forçado a pensar um pouco mais nas coisas? Começo a incomodar? Pois é, quer ser o dedo no seu olho, seu bosta. Mas não é a bosta que é o esterco e não é o esterco a base para a primavera? Pois é assim que penso em você, meu caro. Um improvável futuro na primavera.

1 comment:

Anonymous said...

Quanta raiva. :)

Qual o problema do engomadinho, que vive sua vida buscando ser feliz? O quão diferente ele realmente é de qualquer outro ser humano?