Wednesday, September 19, 2007

Hey you!!!

O Zen diz que a verdade vive no silêncio. Bem natural que os bons poetas não usem muitas palavras. João Cabral, Antônio Machado, Cecília Meireles, Alberto Caeiro... todos econômicos, todos precisos.

A bíblia do Zen são as histórias. Simples, absurdas e engraçadas. Nada de santos sérios compenetrados e tristes. Nem verdades que valham mais que a vida. Pouca coisa mesmo. Nada de deveres, nada de difícil... o fácil é o certo.

Poucas palavras dizendo muito. Digo isso para apresentar a simplicidade em que se baseia a minha fé na humanidade, nem na humanidade, essa abstração desumanizadora, mas na beleza e potencial do indivíduo. Pink Floyd, com toda aquela atmosfera, ganha mesmo é em um verso bem sacado ou outro.

Hey you,
Don't tell me there's no hope at all.
Together we stand, divided we fall.

Hey you,
Don't help them to bury the light.
Don't give in, without a fight.

Hey you,
Would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.


As histórias Zen não servem para serem entendidas ou explicadas. Elas devem ser sentidas, experimentadas. Tudo o que vale a pena geralmente não tem significado. Mas têm gosto, aroma e cor. Experimentar a vida, a simplicidade fora das palavras, no dia a dia. Depois, se for o caso, escrever. Escrever só quando algo te impelir pra isso... temos dentro de nós uma instância maior que é sábia. Que se comunica com o mundo sem intermediários, sem precisar dizer em letras.

André C.

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