Vivemos no mundo do muito. Tudo vem aos montes, informação, músicas, filmes, tudo podendo ser acessado via internet, todas as discografias facilmente disponíveis. Viramos colecionadores de coisas que se contam de mil em mil. Comum se falar em 10.000 mp3 no HD, ou 200 filmes pornô da polônia ao brasil e as milhares de fotos.
Com tanta coisa, e com nosso tempo humano de sempre, sobrou pouco tempo para o saborear das coisas. Aquele CD que se ouve um mês em seguida. As fotos que demoravam para revelar, aquela ansiedade da surpresa, da dúvida e do mistério da revelação.
Acabei de entender o movimento do Slow, do aproveitar lentamente cada pedaço da vida, sentí-lo na pele como as coisas que são incontáveis. Prazeres que não vem aos montes, que surgem como oportunidade passageira, etérea e impermanente. Prazeres que não podem ser plugados nem vem em arquivos de dados.
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