Eu quero ser menos
minúsculo
ínfimo e limpo
sem barreiras egoicas para a vida.
Se eu sorrio ou se eu choro
se eu grito ou se eu soco
se eu levo de volta ou saio impune
não importa.
Quero ser menor
de um tamanho suficiente
para que a sombra que evoco
seja bem menor que a que hoje sinto.
Minha sombra
minha corrida feito cachorro buscando o rabo
rodopiando, sansareando na roda do mundo
sem centro, sem silêncio, sem paz.
Quero ser menor
pois o amor que sinto
facilmente se perde
no mito do meu narciso.
Vivo à beira do rio
pulo, afogo?
creio que posso sempre escolher:
melhor queimar no sol.
André C.
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