Eu canto
Por querer
Sem querer
fazer parte da roda do violão
pois não é pelos outros que canto.
Sem ser pelo desafio
de me esticar pelos extremos
o tom escuro dos graves
ou a plenitude dos agudos.
Também não canto
pra fazer tudo certo
nem pra fazer tudo errado.
Canto porque quando eu canto
um sorriso descontrolado se apodera de mim
e, assim, sem perceber
eu não ligo mais se estou no controle
e quando atravesso o medo e a timidez
encontro o silêncio
e sinto algo próximo à plenitude.
Canto por amor
pois assim esqueço um pouco de mim
e me sinto livre para entrar mundo adentro
de peito aberto,
pelas corridas que me são impossíveis
e pela história que quero contar.
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