O tempo
tira tudo de você.
Vão suas roupas, corroídas,
sua respiração, que enfim pára.
Suas forças, pernas e braços,
seus sentidos.
Tudo se vai, é despido
Mas e se, na verdade,
não há o que ser tirado?
Tudo que é seu
não é muita coisa
se "você", "eu" e "nós"
por fim, não existem.
Citando o espanhol Machado,
o que é uma gota de água
que grita ao mar:
"eu sou o mar"?
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