O excesso
ultrapassa
a completude.
Blog pessoal de André Camargos, publicitário por profissão e escritor por hobby. Textos diversos como poemas. crônicas, críticas de livros e sugestões de leitura.
Sunday, November 16, 2008
Sunday, September 07, 2008
Sunday, July 27, 2008
Vasto
Meu espírito
se esconde atrás da bruma.
Não vejo seu fogo,
não sinto seu cheiro,
não ouço seu estalo.
Mas tal como o mar
se esconde no escuro da noite
e à distância não se nota
assim também vive minha alma
encoberta por uma fina nuvem
sobre a vastidão da planície vazia.
se esconde atrás da bruma.
Não vejo seu fogo,
não sinto seu cheiro,
não ouço seu estalo.
Mas tal como o mar
se esconde no escuro da noite
e à distância não se nota
assim também vive minha alma
encoberta por uma fina nuvem
sobre a vastidão da planície vazia.
Friday, July 25, 2008
Meu sonho de liberdade
Descobri meu sonho, minha essência: eu sonho a liberdade.
De pensamento
De espírito
De corpo
De tudo.
E eu quero mais...
De pensamento
De espírito
De corpo
De tudo.
E eu quero mais...
Meu sonho de liberdade
Descobri meu sonho, minha essência: eu sonho a liberdade.
De pensamento
De espírito
De corpo
De tudo.
E eu quero mais...
Sunday, June 29, 2008
Motivo
Eu escrevo por que isso me relaxa.
Por puro gosto.
Pela sensação de não ter compromisso com nada.
Pelo simples gosto de liberdade.
Escrever é o sonho pleno,
escrever é o vento quando o carro acelera na estrada.
Escrever é a plena aceitação de quem eu sou.
Pois tudo está muito bem.
E toda história vale a pena.
Escrevendo nada é certo ou errado, grande ou pequeno.
Escrever é a plena aceitação de quem eu sou.
Por puro gosto.
Pela sensação de não ter compromisso com nada.
Pelo simples gosto de liberdade.
Escrever é o sonho pleno,
escrever é o vento quando o carro acelera na estrada.
Escrever é a plena aceitação de quem eu sou.
Pois tudo está muito bem.
E toda história vale a pena.
Escrevendo nada é certo ou errado, grande ou pequeno.
Escrever é a plena aceitação de quem eu sou.
Tuesday, May 27, 2008
Eu
INTP - pensador intuitivo introvertido com estilo de vida solto. Ou seja, vejo as coisas no plano mais amplo, absorvendo informações intuitivamente e tomando decisões baseadas mais no intelecto que no sentimento. Dado a insights, estimulado por novas idéias e coisas indecifráveis, misteriosas. Estilo de vida solto, pouco preocupado com estabilidade, ordem ou regras. Tendo a ser romântico e perfeccionista, além de um crítico firme. Gosto de sacar a lógica das coisas, entender e desenhar sistemas. Sou bom em entender e explicar coisas loucas de forma concisa, dai eu ter um ideal de professor de coisas diferentes e intrigantes. Tento colocar em tudo um tanto de imaginação, as vezes exagerando na viagem. Como eu busco energia em meu interior (definição de introversão), mais que no ambiente, sou voltado pro autoconhecimento, necessito de momentos de isolamento, e por mais que eu tente, tenho dificuldade com regras sociais e nem sempre sou visto como convencional. Não escolhi ser diferente de ninguém, mas meus interesses e minha forma de ver o mundo coincidem com poucas pessoas. Apesar disso e da minha teimosia, teimo em ter um coração bom, as vezes insistindo na ingenuidade. Muitas vezes essa ingenuidade, essa dificuldade de acreditar que existem coisas impossíveis, aliada a minha persistência, me salvou de desistir no meio do caminho. Não suporto gente mal intencionada, mesquinharia e grosseria me tira do sério (0 a 100 em 4 segundos) e sou um pouco bravo. Mas gosto de conviver e aprendo muito com outras pessoas. Preciso de meus amigos e minha família, eles são meu porto seguro. Tendo a ajudar sem ver a quem, queria evitar isso, mas não consigo. Tenho um ideal de amizade e amor sempre comigo. Estou sempre tentando aprender alguma coisa e apesar de não acreditar que existe uma missão pré-definida para cada um de nós, sei que existo para descobrir constantemente. Dai minha inquietude, estou sempre buscando algo novo. Tenho um estilo de vida simples, não preciso de grandes coisas. Preciso de grandes pessoas comigo. Pessoas sempre serão um mistério para mim, inclusive eu mesmo. Acho que as grandes coisas e idéias tem em comum a simplicidade. Mas nem sempre consigo ser simples. As melhores poesias sabem ser econômicas nas palavras. Grandes acontecimentos acontecem no silêncio. Laços são criados assim, amores surgem, idéias lampejam, uma obra de arte se completa assim. Estarei sempre a procura de uma conexão com o mundo, isso nunca pára. Talvez pare na última expiração. Talvez não.
Saturday, May 03, 2008
Dedicatória
"Her love rains down on me
as easy as the breeze
I listen to her breathing
it sounds like the waves on the sea"
Como não amar quem me fez lembrar que a melhor cor para tudo é a imaginação?
as easy as the breeze
I listen to her breathing
it sounds like the waves on the sea"
Como não amar quem me fez lembrar que a melhor cor para tudo é a imaginação?
Saturday, April 05, 2008
Amigos
Hoje me deu vontade de escrever alguma coisa sobre amigos. Principalmente amigos distantes.
É engraçado a gente ver o tanto de coisa que vivemos com essas pessoas especiais. Gente que basta você olhar uma foto e, além da saudade, te bater aquela sensação de conforto, aquela sensação de se estar em casa, aquela alegria de ver que, independente de dificuldades ou desafios, eles seguem bem, construindo suas vidas. Bate aquela alegria de ter sido agraciado com essas presenças, de poder participar de seus momentos.
Amigo não precisa de palavra, é um olhar eterno de reconhecimento. Um declarado seja bem vindo e, independente do lugar, essa pessoa te diz que o seu lugar é o mundo todo. Sempre se está em casa quando um amigo está por perto. Uma aura amorosa te envolve e nada parece tão sério ou grave como poderia parecer há alguns segundos.
André C.
É engraçado a gente ver o tanto de coisa que vivemos com essas pessoas especiais. Gente que basta você olhar uma foto e, além da saudade, te bater aquela sensação de conforto, aquela sensação de se estar em casa, aquela alegria de ver que, independente de dificuldades ou desafios, eles seguem bem, construindo suas vidas. Bate aquela alegria de ter sido agraciado com essas presenças, de poder participar de seus momentos.
Amigo não precisa de palavra, é um olhar eterno de reconhecimento. Um declarado seja bem vindo e, independente do lugar, essa pessoa te diz que o seu lugar é o mundo todo. Sempre se está em casa quando um amigo está por perto. Uma aura amorosa te envolve e nada parece tão sério ou grave como poderia parecer há alguns segundos.
André C.
Monday, March 31, 2008
Um pouco de tempo
E o sorriso dela ficou comigo.
Poucas palavras pra uma única e bela imagem, que diz tudo na sabedoria e simplicidade do silêncio.
Porém, simplesmente não consigo parar de escrever...
Mesmo que eu não enxergasse, me restaria o olfato e o perfume pairando, pois eu sentiria dela o cheiro da manhã, todo de orvalho e o frescor em verde natural.
O aroma que evoca imagens e bons momentos.
Eu menino, saído da piscina, deitado na pedra morna do beiral, vendo a água cintilando, sentindo o sol presente em seu calor. Tudo era simples. Tudo podendo parar ali mesmo. A sensação de se estar em casa e a casa, podendo ser qualquer lugar.
Mesmo sem olfato, o sol se mostra, pois há a pele, há o tato.
E mesmo sem toque, há a imaginação, o maior de todos os sentidos.
André C.
Poucas palavras pra uma única e bela imagem, que diz tudo na sabedoria e simplicidade do silêncio.
Porém, simplesmente não consigo parar de escrever...
Mesmo que eu não enxergasse, me restaria o olfato e o perfume pairando, pois eu sentiria dela o cheiro da manhã, todo de orvalho e o frescor em verde natural.
O aroma que evoca imagens e bons momentos.
Eu menino, saído da piscina, deitado na pedra morna do beiral, vendo a água cintilando, sentindo o sol presente em seu calor. Tudo era simples. Tudo podendo parar ali mesmo. A sensação de se estar em casa e a casa, podendo ser qualquer lugar.
Mesmo sem olfato, o sol se mostra, pois há a pele, há o tato.
E mesmo sem toque, há a imaginação, o maior de todos os sentidos.
André C.
Friday, March 28, 2008
Pessoas que põe as outras em caixas OU um hino aos idiotas
Frases interessantes que já ouvi:
"Eles se escondem atrás da:
Caro leitor, marque com um X a opção correta:
a) Sorriso
b) Nariz
c) Parede
d) Deficiência"
Quantas vezes já tive oportunidade de ouvir tal cretinice? Muitas e muitas. Já fui colocado no balaio de gato em que se joga coisas que não se entende. Já me revoltei, já xinguei, dei respostas atravessadas e já fiquei sem reação. Todas as vezes que respondi, destruindo alguns alvos, me senti bem. Sempre que não respondi, me senti mal. Hoje tanto faz, não quero discutir bobagens com ninguém.
Mas é engraçado quando algumas pessoas que também tem alguma deficiência, acreditam que isso basta para tornar duas pessoas próximas. Não basta. Deficiência não é característica de personalidade. Posso ter ou não alguma coisa em comum com outro cadeirante, bem como com qualquer outra pessoa.
Esse tal ELES que não existe. Essa bobagem fatalista de que deficiência é uma coisa ruim pra gente aprender alguma coisa. Quem repete isso não aprendeu nada. Não tenho inclinação nem vontade para mártir nem exemplo.
Eu sempre fiquei a margem dessas bobagens. Cada um tem uma vida, nasceu com diferentes condições (físicas, financeiras, estéticas, sociais, culturais) mas precisa aprender, no fim, a se virar, com mais ou menos gente ajudando.
Já estive com uma boa cota de mulheres, de todo tipo. Já escrevi poesia, já cai de amor. Já tenho meu punhado de histórias de bêbado. Realizei alguns sonhos. Já fiz tatuagem. Já desconcertei fanáticos religiosos (esse povo que mata Jesus, transformando o cara num retrógrado). Já rejeitei e fui rejeitado. Estudei. Me tornei mais independente financeiramente que a maioria das pessoas que conheço. Já levei amigo (e me levaram) pra zona. Descobri coisas que não sei fazer aos montes. Já fiz coisa que eu achei que não ia aprender. Abandonei um monte de coisas que comecei. Tarot, estudar pra concurso, jogar futebol. Fiz poucos amigos. Mas o que eu fiz são mesmo meus amigos. Li muitos livros. Fui em centro espírita. Namorei a distância. Fiquei na amizade quando não era isso que eu queria. Fiz e faço aula de música. Mudei de aparência uma boa quantidade de vezes. Cabelo, barba, cavanhaque, gordo, magro, estilo hippie, "plínio", bermudas. As melhores experiências da minha vida aconteceram quando eu estava sozinho. Mas acontece de eu gostar de gente e sentir aquela urgência social inevitável ao ser humano.
E milhares de outras coisas. Boas ou não, justas ou injustas. Coisas humanas. Posso ser um idiota ou um grande cara. Posso ser milhões de coisas. Isso varia, e muito.
E eu não entro numa caixa. Por ninguém.
Categorizar gente é coisa de autópsia.
Quem respira, muda.
"Eles se escondem atrás da:
Caro leitor, marque com um X a opção correta:
a) Sorriso
b) Nariz
c) Parede
d) Deficiência"
Quantas vezes já tive oportunidade de ouvir tal cretinice? Muitas e muitas. Já fui colocado no balaio de gato em que se joga coisas que não se entende. Já me revoltei, já xinguei, dei respostas atravessadas e já fiquei sem reação. Todas as vezes que respondi, destruindo alguns alvos, me senti bem. Sempre que não respondi, me senti mal. Hoje tanto faz, não quero discutir bobagens com ninguém.
Mas é engraçado quando algumas pessoas que também tem alguma deficiência, acreditam que isso basta para tornar duas pessoas próximas. Não basta. Deficiência não é característica de personalidade. Posso ter ou não alguma coisa em comum com outro cadeirante, bem como com qualquer outra pessoa.
Esse tal ELES que não existe. Essa bobagem fatalista de que deficiência é uma coisa ruim pra gente aprender alguma coisa. Quem repete isso não aprendeu nada. Não tenho inclinação nem vontade para mártir nem exemplo.
Eu sempre fiquei a margem dessas bobagens. Cada um tem uma vida, nasceu com diferentes condições (físicas, financeiras, estéticas, sociais, culturais) mas precisa aprender, no fim, a se virar, com mais ou menos gente ajudando.
Já estive com uma boa cota de mulheres, de todo tipo. Já escrevi poesia, já cai de amor. Já tenho meu punhado de histórias de bêbado. Realizei alguns sonhos. Já fiz tatuagem. Já desconcertei fanáticos religiosos (esse povo que mata Jesus, transformando o cara num retrógrado). Já rejeitei e fui rejeitado. Estudei. Me tornei mais independente financeiramente que a maioria das pessoas que conheço. Já levei amigo (e me levaram) pra zona. Descobri coisas que não sei fazer aos montes. Já fiz coisa que eu achei que não ia aprender. Abandonei um monte de coisas que comecei. Tarot, estudar pra concurso, jogar futebol. Fiz poucos amigos. Mas o que eu fiz são mesmo meus amigos. Li muitos livros. Fui em centro espírita. Namorei a distância. Fiquei na amizade quando não era isso que eu queria. Fiz e faço aula de música. Mudei de aparência uma boa quantidade de vezes. Cabelo, barba, cavanhaque, gordo, magro, estilo hippie, "plínio", bermudas. As melhores experiências da minha vida aconteceram quando eu estava sozinho. Mas acontece de eu gostar de gente e sentir aquela urgência social inevitável ao ser humano.
E milhares de outras coisas. Boas ou não, justas ou injustas. Coisas humanas. Posso ser um idiota ou um grande cara. Posso ser milhões de coisas. Isso varia, e muito.
E eu não entro numa caixa. Por ninguém.
Categorizar gente é coisa de autópsia.
Quem respira, muda.
Monday, March 24, 2008
Meditação
Quando eu olho, eu acho que penso
mas dou um passo atrás
e eu Sinto.
Meu corpo diz que isso é o real.
Mais um passo atrás
quando eu me achava encostado na parede
e fica o silêncio.
Do medo, da aspiração tensa,
gradualmente inspiro:
tempo cortado pelo além da lentidão.
Fica o silêncio da luz.
Abrir os olhos, então,
é ver tudo diferente
no eterno brevemente revelado.
André C.
mas dou um passo atrás
e eu Sinto.
Meu corpo diz que isso é o real.
Mais um passo atrás
quando eu me achava encostado na parede
e fica o silêncio.
Do medo, da aspiração tensa,
gradualmente inspiro:
tempo cortado pelo além da lentidão.
Fica o silêncio da luz.
Abrir os olhos, então,
é ver tudo diferente
no eterno brevemente revelado.
André C.
Gosto e crítica
Não conheço praticamente nenhum crítico que merece o título. Conheço um monte de gente que gosta de um monte de coisas, mas nenhum crítico. Gosto tem a ver com inclinação pessoal. Eu gosto de rock. Crítica tem a ver com avaliação técnica. Odeio música sertaneja, mas tem um ou outro cantor desse tipo de desgraça... ops... desse tipo de """"""música"""""" que, pra minha imensa tristeza, canta tecnicamente bem.
Tive um professor que eu detestava, um sujeito insuportável, chato e metido, mas que deve ter sido o melhor professor da minha época de faculdade, pois era o que mais sabia e o que tinha uma didática matadora.
Tive outro professor, o melhor, que além de saber e conseguir transmitir, era um cara legal. Era realmente um grande cara, como poucos. Lembro dele também.
E teve um monte de professores bem intencionados que eu sequer lembro o nome. Uns legais, outros chatos, mas todos de uma competência "esquecível".
Crítico é o sujeito que avalia as coisas com algum distanciamento. Que consegue suspender seu juízo e colocar olhos mais imparciais. Crítico é o sujeito que ama o amigo, mas nem por isso deixa de ver seus defeitos.
Aliás, tirar os defeitos que uma pessoa tem é tirar parte do que ela tem de humano. A imperfeição faz de nós seres de que se pode ter amor. Tire isso, e fica pouca coisa. Eu ainda vou aprender a amar meus defeitos feito um pai que olha um filho que está aprendendo a andar: ele tropeça e cambaleia, mas é difícil ver algo mais tocante que isso. Difícil ver um potencial de desenvolvimento tão grande quanto esse.
Tudo, no começo, é ilimitado, tende ao infinito.
Paradoxalmente, ai vem a beleza do ideal. Tudo o que pode ser, mesmo que seja no fim bem menos. Mas eu quero me deitar um dia, sábio que aquele é o meu último, e ter meu último suspiro direcionado ao infinito.
Gosto de quem vê um pouco além das coisas, que permite que o mundo tenha algo de fantástico, algo de infinitamente belo.
Gosto das fotos que me fazem perguntar: o que ela está imaginando? Eu olho e vejo uns olhos castanhos, tão jovens, ligeiramente confusos, mas perguntando o que tem para a frente, o que o mundo me reserva. Viajens? Talvez. Poesia. Ah! Se há justiça no mundo, com toda certeza. Que sejam muitas as poesias.
André C.
Tive um professor que eu detestava, um sujeito insuportável, chato e metido, mas que deve ter sido o melhor professor da minha época de faculdade, pois era o que mais sabia e o que tinha uma didática matadora.
Tive outro professor, o melhor, que além de saber e conseguir transmitir, era um cara legal. Era realmente um grande cara, como poucos. Lembro dele também.
E teve um monte de professores bem intencionados que eu sequer lembro o nome. Uns legais, outros chatos, mas todos de uma competência "esquecível".
Crítico é o sujeito que avalia as coisas com algum distanciamento. Que consegue suspender seu juízo e colocar olhos mais imparciais. Crítico é o sujeito que ama o amigo, mas nem por isso deixa de ver seus defeitos.
Aliás, tirar os defeitos que uma pessoa tem é tirar parte do que ela tem de humano. A imperfeição faz de nós seres de que se pode ter amor. Tire isso, e fica pouca coisa. Eu ainda vou aprender a amar meus defeitos feito um pai que olha um filho que está aprendendo a andar: ele tropeça e cambaleia, mas é difícil ver algo mais tocante que isso. Difícil ver um potencial de desenvolvimento tão grande quanto esse.
Tudo, no começo, é ilimitado, tende ao infinito.
Paradoxalmente, ai vem a beleza do ideal. Tudo o que pode ser, mesmo que seja no fim bem menos. Mas eu quero me deitar um dia, sábio que aquele é o meu último, e ter meu último suspiro direcionado ao infinito.
Gosto de quem vê um pouco além das coisas, que permite que o mundo tenha algo de fantástico, algo de infinitamente belo.
Gosto das fotos que me fazem perguntar: o que ela está imaginando? Eu olho e vejo uns olhos castanhos, tão jovens, ligeiramente confusos, mas perguntando o que tem para a frente, o que o mundo me reserva. Viajens? Talvez. Poesia. Ah! Se há justiça no mundo, com toda certeza. Que sejam muitas as poesias.
André C.
Sunday, February 24, 2008
Não foi diferente...
Nem era pra eu ficar triste. Mas por mais distante, por mais longe, por mais impossível que pareça, eu acreditei que, sei lá, no fim do horizonte, podia dar certo. Eu a chamava de minha linda e era a mulher perfeita pra mim. Mas esse tal de amor, difícil de colocar em palavras, pois é coisa que se mostra de olhar, que se mostra numa postura do corpo, que exala, não combina muito com telefone. Tanta busca, toda essa procura.... todo esse não saber. Eu não devia ficar triste. Mas já entendi.
Sentir realmente nada tem a ver com o que parece certo, com o que parece moralmente, socialmente correto. Sentir não tá nem ai para os outros, é algo extremamente pessoal.
Minhas certezas racionais jogadas no buraco por um golpe sutil. Eu quis esse golpe. O que parece forte, certo, acadêmico não resiste ao que parece fraco, intangível.
Eu não devia ficar triste.
Mesmo assim fiquei.
Fazia tempo já, ela já era uma lembrança mas que eu queria para mim. Uma lembrança doce, de um reino meio encantado, mas distante fisicamente, 12 horas distante pra ser mais exato. Como fez diferença essa distância...
Sentir realmente nada tem a ver com o que parece certo, com o que parece moralmente, socialmente correto. Sentir não tá nem ai para os outros, é algo extremamente pessoal.
Minhas certezas racionais jogadas no buraco por um golpe sutil. Eu quis esse golpe. O que parece forte, certo, acadêmico não resiste ao que parece fraco, intangível.
Eu não devia ficar triste.
Mesmo assim fiquei.
Fazia tempo já, ela já era uma lembrança mas que eu queria para mim. Uma lembrança doce, de um reino meio encantado, mas distante fisicamente, 12 horas distante pra ser mais exato. Como fez diferença essa distância...
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