Tem horas que eu paro, com um sorriso meio besta no rosto, percebendo a maravilha de mundo que a gente vive. Descobri com alegria que os níveis de violência, um mal tão terrível para a humanidade, caiu vertiginosamente desde o advento de nossa história, coisa que não é questão de opinião, mas sim, apoiada pela ciência dos números, a nossa bem vinda Estatística.
Pensar que no tempo áureo da matemática um inusitado sábio afirmava que através dos números se poderia chegar a Deus, pois esta era sua linguagem, prova disso foi a descoberta feita de que a escala musical obedecia regras matemáticas de proporção de tamanhos entre cordas. Esse era Pitágoras.
Na Cabala, na busca dos números na Torá, lá encontramos o Aleph, primeira letra, que é também o número 1, o uno, resultado da união de todas as outras letras (ou talvez eu esteja me fiando demais em Borges e no filme Pi.)
A propósito do filme Pi, vale a pena. Lá conhecemos um matemático que vê números em tudo, incluindo ai a proporção áurea, estudada por Leonardo, espalhados na arquitetura e no padrão de crescimento em espiral de certas plantas.
Mas vejo que estou saindo do assunto, mas eu não podia deixar de mostrar meus préstimos à sabedoria e o misticismo dos números, para embasar minha tese (que, por fim não é minha, mas gentilmente roubada de um amigo).
Nos primórdios, de cada 2 pessoas no mundo, 1 era assassina. Isso mesmo, 50% da população era então criminosa, mas não apenas por um crime qualquer, como assalto à mão armada (que seria um pouco difícil com uma pedra ou tacape, mas enfim), pois era o pior dos crimes: homicídio. A outra metade, portanto, seguindo a lógica, era vítima desse crime horrendo. Sim, é isso mesmo! Se 50% da população era de homicidas, a outra metade era de assassinados. Com esse fato demonstro também que a aplicação de penas conforme o direito passou por uma grande evolução. Naquele tempo, a única punição para um homicida era a destituição da moradia.
Devo deixar registrado meu maravilhamento. Desde os tempos de Caim e Abel, melhoramos infinitamente. Estatisticamente, acho que hoje nem 1% da população morre todos os anos.
Referências
Pi (filme)
O Homem de Vitrúvio (quadro)
O Aleph, conto de Jorge Luis Borges
Genesis (Banda... ops, quer dizer, Bíblia)
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