A maior das minhas descobertas veio lá pela época em que eu contava quase um quarto de século. Nascemos e chegamos até uma certa idade com certas inocências e reservas que não se pode entender de onde vieram. Desde sempre, ouvimos contos e estórias infantis com meninas e mulheres nobres, cheias de todas as virtudes cristãs que se pode requerer delas, inclusive aquele quê indispensável de tédio.
A descoberta que eu fiz me colocou em pé de guerra com donas de casa e um punhado de feministas ai pelo mundo. Perceberam que a mulher, dentro das regras morais, tem sempre atestado de inocência e o homem atestado de cordeiro em pele de lobo? O que não disseram é que a mulher, nessa nossa américa latina, pode ser mais machista que um homem.
Já tentaram por vezes me convencer que o sexo, num casamento, é o ganho que o homem tem em compensação pelos anos de união. Também já me mostraram que o sexo é instrumento de repressão usado pelos homens, contra as mulheres. Todos os dizeres que mostram a moralidade e o vitral da aparência.
Descobri, há muitos anos passados, que Branca de Neve, Cinderela e Rapunzel não queriam exatamente beijos castos de seus respectivos príncipes, de fardas e armaduras reluzentes. Queriam de seus cavaleiros a virilidade dos cavalos que eles montavam assim como a chave que abriria seus belos cintos de castidade.
Percebi assim que a igualdade entre homens e mulheres está no sexo e no gosto sensual por ele. O desejo sempre foi o mesmo e a virtude, longe de se fechar num claustro, pode muito bem ser encontrado num bordel. É, aprendi a achar virtude inclusive na zona.
Me digam, o que pode haver de melhor que as virtudes, apimentadas com um bom grau de sexualidade?
(continua...)
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