Saturday, September 11, 2004

Linda

Caminhava por uma rua deserta, observando a forma como as folhas costumam cair das árvores. Talvez era a luz, talvez era o sentimento que prenunciava algo de bom para acontecer. O fato é que me pareciam mais felizes as pessoas, os cães ladravam não por ver ladrões correndo, mas por reconhecerem à distância seus iguais, seus amigos humanos. E os carros, passando lentamente, deixavam refletir em suas janelas o azul do céu e o efeito impressionista que as nuvens costumam impor ao que está um pouco abaixo delas. Andando calmamente, virei à direita, caminhei por uns momentos distraído, olhando para o chão passando pelos meus pés. Quando levantei a cabeça, antes que as palavras me chegassem, vi um descortinamento. Era um sorriso de boas vindas, decorando todo um rosto límpido, enquanto via cabelos dourados dançando levemente e tocando o rosto dela. E ela era linda, assim bem eu poderia dizer. Nesses momentos em que tudo deixa de ser importante e só um ponto vira o centro do universo. Esse ponto era ela! E eu estava feliz.

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