Ele tem um pé levantado, posto no ar
- dizem que é yogue, mas no meu bom brasil
alguém diria que é capoeirista dos bons -
e outro, ancorado na vida, de quem sabe por vivência.
(O bom e velho diabo, que sabe mais por velho,
aprendizado mais de sentir o cheiro da bela flor do cabo,
que pelo título oficializado de pé-preto.)
Com o tambor ele acorda o mundo e canta,
para depois com o fogo romper o véu do tempo
em dança, ritmado no som do universo...
Pois, enfim, eu canto o ciclo!
(Lúcifer, o amante inveterado de Jeová,
que por sua fidelidade eterna, de só obedecer a deus
mas nunca aos humanos, foi lançado aos infernos:
o apaixonado posto longe do objeto amado)
Canto porque "o instante existe e
não sou alegre nem sou triste, sou poeta"
e viva o sangue eterno da asa ritmada!
Faço como os hindus
olho para frente e vivo: "eu sou Shiva"
me identifico, a caminho da união
com os poderes da vida.
André C.
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